Os preços da soja vão intensificando seus ganhos na Bolsa de Chicago no pregão desta sexta-feira (15) e, por volta de 13h40 (horário de Brasília), as cotações subiam 12,75 pontos, levando o novembro a US$ 10,41 e o janeiro a US$ 10,61 por bushel. O mercado do grão é impulsionado, mais uma vez, pelos derivados, como explica o analista de mercado da Pátria Agronegócios, João Vitor Aguiar.
“O mercado é impulsionado pelos óleos vegetais, em especial o produto da palma, e assim vai caminhando para a melhor semana de Chicago (para a soja em grão) em dois meses”, diz. “A demanda chinesa pelo óleo de palma se mostra aquecida, com a Malásia dominando as exportações”.
Assim, no mesmo momento, os futuros do óleo de soja subiam mais de 2% entre as posições mais negociadas na CBOT, com o dezembro cotado a 53,24 cents de dólar por libra-peso. Além da demanda forte, os números atualizados nesta sexta-feira pela NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA), os quais apontaram os menores estoques norte-americanos de óleo de soja em 21 anos para o mês de julho e esmagamento recorde para o mês passado.
Aguiar pontua também que o mercado segue dando espaço às informações que foram reportadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no início da semana, cortando os números de oferta e área no país, o que promoveu já ganhos expressivos à oleaginosa em Chicago.
Novas baixas do dólar frente ao real também ajudam a dar suporte às cotações da soja nesta sexta-feira, com o mercado caminhando para encerrar mais uma sessão com boas altas, em uma semana marcada por intensidade, volatilidade e mudança dos fundamentos.
No Brasil, os dias foram de boa comercialização – tanto da soja disponível, quanto da safra nova – e o produtor observando o atual momento como oportunidades na mesa.