O custo de produção do frango vivo no Paraná registrou nova queda em julho de 2025. De acordo com a Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias/Embrapa Suínos e Aves), a criação em aviários climatizados com pressão positiva ficou em R$ 4,60/kg, redução de 2,54% em relação a junho (R$ 4,72/kg). O valor também é 0,22% menor que o observado no mesmo período do ano passado (R$ 4,61/kg).
O Índice de Custos de Produção de Frango (ICPFrango) alcançou 355,80 pontos (base janeiro de 2010 = 100 pontos), representando queda de 2,63% frente a junho (365,42 pontos). No comparativo anual, houve leve alta de 0,2%. No acumulado de 2025, o indicador já acumula retração de 4%.
Entre os principais componentes, os gastos com ração — que respondem por quase dois terços do custo total — caíram 3,48% no mês, somando R$ 2,94/kg em julho. A genética também recuou (-2,34%), enquanto energia elétrica apresentou aumento de 1,19%. Sanidade, transporte e mão de obra permaneceram estáveis. No recorte de 12 meses, a nutrição animal acumulou retração de 4,94% e a energia elétrica caiu 4,91%, ao passo que genética (+16,86%) e sanidade (+9,02%) apresentaram altas expressivas.
O levantamento aponta ainda que o preço nominal médio do frango vivo pago ao produtor paranaense foi de R$ 5,01/kg em julho, 0,8% acima do mês anterior e 12,6% superior ao registrado em igual mês de 2024 (R$ 4,45/kg).
No campo dos insumos, o milho foi comercializado no atacado estadual a R$ 59,96/saca de 60 kg, queda de 5,1% frente a junho, mas 4,2% acima de julho de 2024. Já o farelo de soja registrou recuo de 19,3% em relação ao ano anterior, cotado a R$ 1.802,89/tonelada.
Com esse cenário, a relação de troca para o produtor melhorou: em julho de 2025, foram necessários 199,5 kg de frango para adquirir uma tonelada de milho, ante 225,6 kg no mesmo período de 2024. Para o farelo de soja, a troca caiu de 502 kg de frango em julho de 2024 para 360 kg neste ano, tornando o insumo mais acessível.
Os dados fazem parte do Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado nesta quinta-feira (21) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).