Em agosto, as exportações brasileiras de cebola totalizaram quase 4 mil toneladas, volume 70% superior ao de julho, porém, 72% menor que o embarcado no mesmo mês de 2024 (próximo das 14 mil toneladas), segundo o Comex Stat. Os principais destinos são Paraguai, Uruguai e Argentina, com as vendas partindo majoritariamente de Goiás, Minas Gerais e São Paulo. A queda nos envios está diretamente ligada à redução dos pedidos argentinos, já que, ao Paraguai, o volume é similar.
Em 2024, sobretudo no primeiro semestre, o Brasil adquiriu uma quantidade elevada de cebola argentina. Entre janeiro e junho do ano passado, as importações somaram quase 250 mil toneladas, das quais mais de 72% vieram da Argentina. Naquele período, o Brasil contava com uma oferta muito baixa e preços altos. Já no segundo semestre de 2024, com o aumento de produtividade nas praças brasileiras e as cotações mais baixas, os argentinos elevaram as compras da cebola nacional. Eles esperaram se capitalizar da mesma maneira em 2025, e quase todas as praças do país tiveram incrementos de áreas; porém, como no Brasil a produção também foi significativa, o volume importado diminuiu expressivamente.
Assim, o total de cebolas adquiridas pelos argentinos do BR caiu mais de 11 mil toneladas em agosto/24 para cerca de 430 mil quilos neste ano, queda de 96%.
Os volumes enviados ao Paraguai estão dentro do típico, favorecendo brevemente o escoamento das cebolas, mas ainda de maneira insuficiente para resolver o problema nacional de excesso produtivo.