As exportações argentinas de carne bovina registraram em agosto o melhor desempenho de 2025 até agora. Seundo as informações do site Valor Di Carne, foram embarcadas 85 mil toneladas equivalentes de carcaça (TEC), volume mensal mais alto do ano e muito próximo dos picos de agosto e setembro de 2024, quando o país exportou 86 mil e 89 mil TEC, respectivamente. O avanço foi sustentado por preços internacionais mais firmes e pela valorização cambial, além de um alívio tributário.
Desde a mínima de março, de apenas 52 mil TEC, os embarques vêm crescendo de forma constante até alcançarem o patamar de agosto. Apesar do bom resultado, as projeções indicam que 2025 deverá encerrar abaixo do recorde de 930 mil TECs exportados em 2024, já que seria necessário manter volumes próximos de 100 mil TECs por mês até dezembro, algo considerado improvável.
Principais destinos
O aumento em relação a julho (5.100 t adicionais) foi puxado principalmente pela China (+3.500 t), seguida pela União Europeia (+1.600 t), Estados Unidos (+600 t) e Chile (+500 t). Houve estabilidade nos embarques para Israel e quedas para Rússia e México (200 t cada).
Na comparação com agosto do ano passado, houve ganhos de vendas para a UE (+1.400 t), Israel (+500 t) e Brasil (+100 t), mas reduções para México (-1.000 t), Chile (-400 t) e Rússia (-300 t).
Os preços médios se mantiveram firmes em agosto. Frente a julho, houve valorização de 3% nos embarques para a China, estabilidade em Israel e quedas entre 2% e 15% nos demais destinos, com média ponderada de -1%.
Na comparação anual, os resultados são expressivos: China +60%, UE +20%, Israel +39%, Chile +30% e EUA +45%, o que representa um aumento médio de 39%. O valor alcançado em agosto ficou apenas 7% abaixo do pico histórico de abril de 2022.
Entre janeiro e agosto deste ano, a Argentina exportou 536 mil TECs, volume 12% menor que o registrado no mesmo período de 2024. No acumulado dos últimos 12 meses, foram embarcados 858 mil TECs, repetindo o resultado do mês anterior, mas 2% abaixo do verificado um ano antes.
Apesar do desempenho positivo em agosto, o setor reconhece que 2025 não deverá superar o recorde histórico do ano passado, conforme reportou o site argentino Valor Di Carne.
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