O mercado da soja intensificou as baixas na Bolsa de Chicago no início da tarde desta terça-feira (30), sentindo a pressão adicional do relatório dos estoques trimestrais norte-americanos que foi reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) hoje.
Os estoques de soja na posição de 1º de setembro vieram em 8,6 milhões de toneladas, enquanto as expectativas variavam de 8,03 a 9,80 milhões de toneladas, com a média de 8,79 milhões. Em 1º de setembro de 2024, os estoques eram maiores e estavam em 9,31 milhões de toneladas. E há três meses, em 1º de junho de 2025, o número era de 27,43 milhões.
Embora o mercado esteja pressionado, os analistas da Agrinvest Commodities afirmam que este não é um relatório “que o mercado tem muito porque olhar, visto que já estamos na iminência da nova safra americana”.
Para o milho, no entanto, os números vieram acima do esperado e pressionam o mercado de forma mais agressiva, com os futuros do cereal perdendo mais de 1% no pregão desta terça-feira.
Além disso, o mercado segue pressionado também por seus fundamentos já conhecidos. A colheita avança nos EUA e chega a 19% da área, dentro das expectativas dos traders, enquanto o plantio evolui no Brasil e se mostra acima do mesmo período do ano passado, e estes são os dois fatores que exigem maior atenção neste momento.
Do mesmo modo, a ausência da demanda chinesa no mercado dos EUA continua também a ser um peso sobre Chicago, e as sinalizações ainda não indicam a possibilidade da nação asiática voltar a fazer suas compras nos EUA nas próximas semanas e com ainda as tarifas em curso.
No Brasil, os preços têm mostrado certa estabilidade nos últimos dias, ainda bastante apoiados nos prêmios, uma vez que além das baixas em Chicago, o dólar também continua recuando frente ao real. Na tarde de hoje, a moeda americana perdia 0,08% para valer R$ 5,32.