O mercado da soja inverteu o sinal, deixou as baixas dos últimos dias de lado e fechou o pregão desta quarta-feira (1) com altas de dois dígitos entre os principais vencimentos. O contratos novembro volta aos US$ 10,13, o janeiro aos US$ 10,32 e o maio a US$ 10,62 por bushel. A notícia de que o presidente dos Estados Unidos Donald Trump vai ter uma nova reunião com Xi Jinping, presidente da China, e colocar a oleaginosa no centro das discussões trouxe um fôlego renovado ao mercado.
“A soja será um importante tópico de discussão”, afirmou Trump em uma publicação feita em sua rede social Truth Social. “Eu nunca decepcionarei nossos agricultores. Eu amo nossos patriotas e cada agricultor é exatamente isso. Vamos tornar a soja e outras culturas de linha grandes novamente”.
A notícia veio como a faísca que o mercado precisava diante de um cenário de fundamentos já conhecidos e em um momento onde a ausência da demanda chinesa no mercado norte-americano tem sido um peso considerável sobre os futuros da oleaginosa negociados na CBOT, além do peso que tem posto sobre a situação financeira dos produtores rurais em todo o país.
A China, afinal, não compra soja dos Estados Unidos desde maio deste ano.
“Essas falas foram suficientes para virar o humor em Chicago: a soja, que caía, virou pra alta; o farelo, que recuava mais de 2%, puxou firme; e o óleo de soja disparou perto de 2%. É o evento mais esperado pra Chicago a muito tempo”, afirmaram os analistas de mercado da Royal Rural.
Os preços do óleo de soja também subiram forte e terminaram a sessão com mais de 2% de alta, auxiliando os ganhos no grão. O farelo, que vinha operando em campo negativo, também inverteram o sinal e terminaram o dia do lado positivo da tabela.