O mercado da soja subiu, desceu, testou os dois lados da tabela ao longo de todo o dia, mas fechou o pregão desta sexta-feira (3) em queda na Bolsa de Chicago. As baixas ficaram entre 4,50 e 5,50 pontos nos contratos mais negociados, o que levou o novembro a US$ 10,17 e o maio a US$ 10,65 por bushel.
Além dos grãos, os derivados também terminaram a sessão no vermelho. O óleo de soja trabalhou durante todo o dia em campo negativo, porém, o farelo de soja que subiu a maior parte do tempo, perdeu força e também foi para o lado negativo da tabela, encerrando os negócios com pouco mais de 0,3% de baixa nas posições mais negociadas.
A semana foi de bastante volatilidade para os futuros da soja, tendo sofrido influência forte do cenário político, mas ainda pressionada pelos fundamentos.
Seguem reverberando as declarações das autoridades americanas sobre o subsídio que os produtores rurais norte-americanos deverão receber na terça-feira, o que deixa a comercialização também mais lenta nos EUA. Do mesmo modo, a fala do presidente Donald Trump sobre colocar a soja no centro da conversa que terá com o líder chinês Xi Jinping ao final do mês também repercutiu e deu suporte aos ganhos observados nos últimos dias.
No Brasil, a atenção dos produtores está sobre o plantio, sobre as condições de clima e, nos negócios, sobre o prêmio. Eles ainda têm sido o principal pilar para as cotações no mercado nacional, diante da volatilidade – e da pressão que ainda está vigente – em Chicago e do dólar baixo. E a movimentação dos trabalhos de campo no Brasil também pesa sobre as cotações.
A colheita se desenvolvendo nos EUA, bem com a China ainda sem comprar soja norte-americana apesar de toda a especulação também seguem como limitadores do avanço dos preços na CBOT.