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Os futuros do farelo despencaram forte em Chicago e fecharam o dia com quase 4% de queda na Bolsa de Chicago e adicionaram ainda mais pressão aos preços do grão na sessão desta quinta-feira (6). Entre os futuros do grão, as perdas passaram de 20 pontos nos principais vencimentos, trazendo o janeiro de volta aos US$ 11,07 e o maio a US$ 11,28 por bushel.
“Nesta quarta, o farelo subiu diante das ameaças de greve na Argentina, que parecem não não ter se confirmado. Com isso, temos o farelo apresentando queda acentuada, diante da redução das preocupações com a oferta”, afirmam os analistas da Agrinvest Commodities.
E tal qual acontece com a soja, seu derivado realiza lucros, mas também não desvia a atenção de pontos importantes, em especial sobre como ficarão as relações comerciais entre China e Estados Unidos, considerando as últimas declarações das autoridades e o fato da soja brasileira seguir mais competitiva do que a norte-americana.
“O mercado de soja em grão acompanhou a tendência do farelo e apresentou perdas acima de 2%. A queda indica um ajuste em posições compradas recentemente, refletindo não apenas uma correção técnica, mas também um realinhamento às perspectivas de oferta global mais estável”, afirma o head de grãos da Granel Corretora, Gilberto Leal. “A movimentação observada hoje caracteriza um ajuste de curto prazo, embora com reflexo direto nos fundamentos. Os próximos dias deverão ser pautados pela interação entre fatores climáticos, sinais de demanda e o comportamento dos fundos, que continuam ditando a volatilidade do mercado”.
NO BRASIL
Com a derrocada dos preços em Chicago e a baixa do dólar, no Brasil a soja também cedeu. As perdas no interior do país chegaram a 2%, porém, nos portos, o dia se conclui com indicadores estáveis, ainda com os preços para a soja disponível acima dos R4 140,00 por saca. Já para a safra nova, os preços orbitam perto dos R$ 130,00.
Novos negócios estão bem escassos, com pouco interesse de venda por parte dos produtores neste momento. Os preços estão estagnados e o sojicultor segue mais cauteloso, em especial com uma nova safra em andamento.