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China tem estoques recordes de mais de 10 mi de t de soja com recebimento intenso de BR e ARG

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Os estoques de soja da China, nos portos e nas fábricas, estão registrando uma nova máxima neste momento, exigindo uma revisita às estratégias de compras por parte da nação asiática. A demanda continua muito presente – em especial por produto do Brasil – porém, com algumas ressalvas. Segundo relata Eduardo Vanin, diretor da Agrinvest Commodities, são 10,3 milhões de toneladas, um novo recorde. “No ano passado, o pico foi de 9 milhões, no ano anterior, 7,8 milhões, quer dizer, todo ano está crescendo”. 

Vanin explica que os números são reflexo do forte recebimento de soja pela nação asiática não só do produto brasileiro, mas também argentino. 

“É o Brasil que não para de crescer em produção, e o nosso volume, nosso escoamento que continua um colosso. É o Brasil que continua mandando muita soja para a China, sem contar a Argentina que, nesta temporada, tem vendido muito mais. Registros de exportações de mais de 12 milhões de toneladas, somente nesta temporada, de abril pra cá, já embarcou 8 milhões de toneladas, o que dá 3,5 milhões de toneladas acima do ano passado, tudo para a China”, afirma o executivo.

Na última sexta-feira (7), dados da Administração Geral das Alfândegas da China mostraram que, em outubro, a China importou 9,48 milhões de toneladas de soja, um recorde para o mês e volume 17% maior do que há um ano. Este é um mês forte, seguido de outros meses ainda bastante fortes, com a oleaginosa predominantemente brasileira chegando ao país.

Importações de soja da China
Importações de soja da China em volumes mensais – Gráfico: Karen Braun

No mesmo mês de outubro, o Brasil exportou 6,7 milhões de toneladas de soja, também registrando um recorde para o mês, e 43% a mais na comparação anual. E da mesma forma, a maior parte deste volume tem a China como destino principal.

Exportações de soja do Brasil
Exportações de soja do Brasil – Gráfico: Karen Braun

Ao mesmo tempo, Vanin explica ainda que com todo este recebimento, o processamento na China também caminha bem, a oferta de farelo está adequada agora e as margens de esmagamento não vivem seu melhor momento. E é este cenário que se choca com as expectativas de que a China voltará a fazer compras de soja dos Estados Unidos depois das declarações das autoridades americanas de que o fluxo deverá ser reestabelecido. E não bastassem os estoques recordes, há ainda o preço mais atrativo da soja brasileira do que a da norte-americana. 

Veja sua última entrevista ao Notícias Agrícolas, durante o Bom Dia Agronegócios desta segunda-feira (10):

“Em um mês, o flat price da soja (Chicago + prêmios) dos Estados Unidos ficou US$ 50,00 por tonelada mais alto no Golfo, enquanto o do Brasil subiu ‘apenas’ US$ 10,00. Assim, os EUA estão mais caros do que os EUA, FOB-FOB, cerca de US$ 5,00 por tonelada. Se adicionarmos os diferenciais de frete, o Brasil fica ainda mais vantajoso, sem contar a qualidade. Temos um prêmio de qualidade, de rendimento melhor de farelo e de óleo”, detalha o analista do complexo soja. 

Eduardo Vanin complementa sua análise dizendo que “os chineses adorariam estar comprando um montão, estar ganhando muito dinheiro. No ano passado, a margem estava boa, este ano não está pelo motivo da soja mais cara, US$ 30,00. E o farelo na China não acompanhou”. E com isso, as compras vão sendo reduzidas para esta janela dezembro-janeiro. “Quem toma decisão não é o chinês, é o produtor brasileiro. É ele que movimenta a máquina, pensando nesta janela para a safra nova, não temos concorrência, somos os mais baratos. Então, ele está na mão do produtor.  

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