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Após 43 dias de especulações, USDA traz novo reporte e pode cortar produções de soja e milho dos EUA

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O USDA traz nesta sexta-feira, dia 14 de novembro, seu novo boletim mensal de oferta e demanda, depois do mais longo shutdown do governo norte-americano. Foram mais de 40 dias do mercado trabalhando às cegas, sem os dados oficiais, principalmente, do desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos. E os números fizeram ainda mais falta em um momento em que os mercados estão bastante politizados, influenciados profundamente pelos cenários geopolíticos turbulentos. 

“Desde a última divulgação de dados do USDA em setembro, o mercado de soja tem apresentado grande volatilidade, com o aumento das tensões entre a China e os EUA inicialmente levando os preços de volta às mínimas do ano. Em seguida, o anúncio da trégua comercial, que incluiu promessas de compra de soja pela China, impulsionou os contratos futuros de janeiro para as maiores cotações em 16 meses durante a segunda quinzena de outubro”, afirma Rhett Montgomery, analista líder do portal DTN The Progressive Farmer.

Foram quase dois meses de especulação sobre o quadro de oferta e demanda. Mas, às 14h (horário de Brasília) desta sexta, o relatório chega e pode ter impactos dos mais distintos sobre os preços e aos mercados de diferentes culturas. 

“Durante o período de apagão de dados em outubro, causado pela paralisação do governo, circularam rumores de que a produtividade do milho em 2025 havia caído drasticamente abaixo das expectativas pré-colheita, embora a grande área plantada ainda indique uma oferta recorde em 2025”, complementa o especialista internacional. 

Para a soja e para o milho, as expectativas do mercado indicam uma diminuição de produção e produtividade. Já os estoques finais norte-americanos não deverãop apresentar grandes mudanças, de acordo com o que esperam os players para este novo relatório. Afinal, os dados da demanda também não são conhecidos pelos traders, já que os reportes diários de vendas e semanais de vendas para exportação também não têm sido divulgados em todo este intervalo de tempo. 

“No cenário mundial, o relatório deve ser tranquilo. É claro que a América do Sul despertará algum interesse, mas ainda estamos na época de plantio da próxima safra brasileira, que já foi estimada pelo USDA como recorde. Os fundamentos da China serão interessantes de observar, considerando o acordo comercial mais recente. Mas, no geral, espero que a maior parte das mudanças globais seja resultado direto das alterações no balanço dos EUA, simplesmente por se tratar desta época do ano”, acredita o analista do DTN.

EUA 2025/26

Para a produção de soja dos Estados Unidos, as expectativas variam de 113 a 118,01 milhões de toneladas, com média de 116,1 milhões. O último número, de setembro, trouxe 117,06 milhões de toneladas. A produtividade da oleaginosa é esperada entre 57,95 e 60,52 sacas por hectare, com média de 59,51 scs/ha, e frente ao dado trazido há dois meses de 59,96. 

Já sobre o milho, os números para a colheita norte-americana variam de 415,61 a 425,49 milhões de toneladas, com média esperada em 420,56 milhões. No boletim de setembro, foram 427,09 milhões de toneladas estimadas. Para o rendimento do cereal, o intervalo esperado é de 190,07 a 194,57 sacas por hecatre, trazendo 192,48 scs/ha de média. Em setembro, foram estimadas 195,30 sacas. 

Os estoques finais norte-americanos tanto de soja, quanto de milho, não deverão apresentar mudanças muito profundas, segundo acreditam os traders. 

Os estoques finais da oleaginosa nos EUA são esperados entre 5,09 e 13,44 milhões de toneladas. Embora o intervalo seja bastante grande, a média – de 8,27 milhões – está bem próxima do número de dois meses atrás, de 8,16 milhões de toneladas. Sobre o milho, os números variam de 49,38 a 62,74 milhões de toneladas, com média de 54,26 milhões de toneladas. No boletim de setembro, os estoques finais do grão vieram em 53,60 milhões de toneladas. 

MUNDO 2025/26

Os estoques finais globais de soja são esperados entre 122,50 e 126 milhões de toneladas, com média das expectativas de 123,99 milhões. Em setembro, o USDA apontou 124,21 milhões de toneladas. 

Sobre o milho, os números variam de 277,20 a 293 milhões de toneladas e média de 282,75 milhões. No último boletim, de setembro, os estoques finais foram reportados em 281,40 milhões de toneladas. 

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