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Os preços do açúcar começaram a semana em terreno positivo nas bolsas internacionais, sustentados por expectativas de menor oferta global caso a Índia reduza as exportações em relação ao que era previsto.
Em Nova Iorque, o contrato março/26 avançou 0,04 centavo (+0,27%) e encerrou o pregão a 14,82 cents/lbp. O maio/26 subiu 0,06 centavo (+0,42%), negociado a 14,35 cents/lbp. O julho/26 ganhou 0,07 centavo (+0,49%), fechando a 14,29 cents/lbp, enquanto o outubro/26 registrou acréscimo de 0,08 centavo (+0,55%), cotado a 14,62 cents/lbp.
Em Londres, o movimento também foi de alta. O março/26 aumentou US$ 0,80 (+0,19%), para US$ 424,90 por tonelada. O maio/26 subiu US$ 1,60 (+0,38%), cotado a US$ 420,20 por tonelada. O agosto/26 avançou US$ 2,10 (+0,51%), negociado a US$ 415,60 por tonelada.
As cotações continuam encontrando suporte nas informações de que o Ministério da Alimentação da Índia avalia elevar o preço do etanol utilizado na mistura com gasolina. Caso a medida seja implementada, as usinas indianas tendem a direcionar uma parcela maior da cana para o biocombustível, reduzindo a oferta de açúcar — um fator de sustentação para os preços no mercado internacional.
A movimentação ocorre após uma recuperação registrada neste mês de dezembro, quando o governo indiano autorizou a exportação de 1,5 milhão de toneladas de açúcar na safra 2025/26. O volume ficou abaixo das estimativas iniciais de 2 milhões de toneladas, o que já havia limitado parte da pressão baixista sobre o mercado.
Ainda assim, segundo a Reuters, as usinas indianas têm enfrentado dificuldades para fechar contratos de exportação devido à diferença entre os preços globais — atualmente inferiores — e os preços domésticos, desestimulando novos negócios. Fontes da indústria afirmaram à agência que, diante desse cenário, é improvável que todo o volume autorizado de 1,5 milhão de toneladas seja efetivamente embarcado.
A Reuters destacou ainda que exportações menores por parte da Índia, segundo maior produtor global, tendem a contribuir para a sustentação das cotações internacionais, que vêm operando próximos de mínimas de cinco anos.