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Nesta segunda-feira (24), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) reportou que o volume exportado de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas ficou em 323,6 mil toneladas até a terceira semana de novembro/25.
No ano passado, o volume total exportado foi de 436,5 mil toneladas em 19 dias úteis de novembro. A média diária até a terceira semana de novembro/25 ficou em 23,1 mil toneladas, sendo que isso representa um ganho de 0,6% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 22,9 mil toneladas.
As exportações brasileiras de carne de frango devem ganhar ainda mais ritmo no encerramento de 2025, impulsionadas pela retomada das compras da China e pelo ambiente de custos mais favorável ao produtor. A análise é de Juliana Pila, analista da Scot Consultoria, em entrevista ao Notícias Agrícolas.
Segundo ela, o setor já vinha registrando bons resultados ao longo do ano, mesmo após o susto causado pelo caso de gripe aviária registrado no Rio Grande do Sul em maio, que levou à suspensão temporária dos embarques para diversos países, incluindo a China, um dos principais compradores da proteína. “Tivemos embargos que foram sendo retirados ao longo do tempo, mas a China ainda não havia retomado suas compras. No início de novembro, tivemos essa boa notícia”, afirma.
Antes mesmo da reabertura chinesa, as exportações já mostravam recuperação. Em outubro, o Brasil registrou o segundo melhor volume exportado de carne de frango da história, ficando muito próximo do desempenho do mesmo período de 2024. Com a volta da China ao mercado, a expectativa é de um fechamento de ano forte e possibilidade de superar o recorde exportado em 2024.
O preço pago pelo produto até a terceira semana de novembro ficou em US$ 1.618,8 por tonelada, isso representa uma queda de 13,8% se comparado com os valores praticados em novembro do ano anterior, que estavam próximos de US$ 1.877,6 por tonelada.
No faturamento, a receita obtida até a terceira semana de novembro ficou em US$ 523.980,9 milhões por tonelada, enquanto em novembro do ano anterior o valor ficou em US$ 819.596,3 milhões por toneladas.
Já a média diária de faturamento ficou em US$ 37.427,2 mil toneladas e teve uma redução de 13,2% frente a média diária observada em novembro do ano anterior, que ficou em US$ 43.136,6 mil toneladas.