A sexta-feira (04) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações levemente negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 54,86 e R$ 66,29 e encerraram a semana acumulando perdas de até 2,1%.
O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 54,86 com desvalorização de 0,94%, o novembro/23 valeu R$ 58,75 com queda de 0,51%, o janeiro/24 foi negociado por R$ 62,40 com baixa de 0,53% e o março/24 teve valor de R$ 66,29 com perda de 0,38%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro, contabilizaram quedas de 1,86% para o setembro/23, de 2,02% para o novembro/23, de 2,16% para o janeiro/24 e de 2,10% para o março/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (28).
O Analista de Mercado da Céleres Consultoria, Enílson Nogueira, explica que as movimentações cambiais, com o dólar subindo ante ao real nos últimos dias, ajudaram a neutralizar as pressões negativas que vieram do mercado internacional e da colheita da safrinha, deixando as cotações lateralizadas nos últimos dias.
Olhando para a frente, a projeção é de melhora no cenário de preços do milho no Brasil diante de uma aceleração nos embarques de exportação em setembro, outubro e novembro e da perspectiva de diminuição de área semeada na safra de verão 2023/24.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais altas do que baixas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações apenas em Castro/PR e Pato Branco/PR. Já as valorizações apareceram nas praças de Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Sorriso/MT e Luís Eduardo Magalhães/BA.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o ritmo mais cadenciado das negociações e com o atraso da colheita da 2ª safra faz com que o cereal seja negociado na média de R$ 53,50/sc no mercado físico de Campinas/SP”.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT) os preços internacionais do milho encerraram a sexta-feira com movimentações levemente positivas, mas incapazes de reverter uma semana bastante negativa para as cotações, que acumularam perdas de até 7,1%.
O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 4,84 com alta de 3,50 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 4,97 com valorização de 3,75 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 5,10 com ganho de 3,25 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 5,18 com elevação de 3,00 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (03), de 0,62% para o setembro/23, de 0,81% para o dezembro/23, de 0,59% para o março/24 e de 0,58% para o maio/24.
Já no acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano contabilziaram desvalorizações de 7,10% para o setembro/23, de 6,23% para o dezembro/23, de 5,73% para o março/24 e de 5,47% para o maio/24, em comparação com o fechamento da última sexta-feira (28).
Segundo Nogueira, as cotações do milho em Chicago estão sofrendo com a volatilidade alta vinda de novas notícias e desdobramentos do conflito no Leste Europeu entre Rússia e Ucrânia. Além disso, o mercado começa a consolidar uma safra de milho nos Estados Unidos com perdas, mas ainda em patamares confortáveis.
“A gente não vê uma catastofre na oferta norte-americana. Então o mercado já começa a entender uma oferta de milho na casa dos 380, 385 milhões de toneladas que é uma oferta que deixa o mercado confortável. Então o que aconteceu nos últimos 7 a 10 dias é um pouco de volatilidade e depois um pouco de tranquilidade para essa oferta norte-americana de tende a deixar o mercado internacional, de certa forma, com um bom potencial de suprimento no decorrer do segundo semestre”, explica.