A sexta-feira (17) chega ao final com os preços futuros do milho registrando recuos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuavam na faixa entre R$ 66,99 e R$ 71,40 e acumularam elevações de até 3,5% ao longo da semana.
O vencimento janeiro/24 foi cotado à R$ 66,99 com queda de 0,15%, o março/24 valeu R$ 70,40 com perda de 0,28%, o maio/24 foi negociado por R$ 71,40 com baixa de 0,22% e o julho/24 teve valor de R$ 69,70 com desvalorização de 0,99%.
Já no acumulado semanal, os preços do cereal brasileiro registraram valorizações de 3,51% para o janeiro/24, de 2,43% para o março/24, de 3,55% para o maio/24 e de 2,20% para o julho/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (10).
O Analista da Céleres Consultoria, Enílson Nogueira, explica que a oferta abundante vinda da safra dos Estados Unidos, que refletiu no aumento dos estoques mundiais, pesou nos mercados nesta sexta-feira trazendo movimentações negativas no final de semana.
Por outro lado, Nogueira destaca que o mercado já começa a colocar no radar uma safra desafiadora que vem pela frente no Brasil com tendência de diminuição na área plantada e no teto produtivo da segunda safra de 2024, fatores que já levaram a consultoria a reduzir, ao menos, 10 milhões de toneladas na expectativa de produção brasileira.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações somente em São Gabriel do Oeste/MS e Luís Eduardo Magalhães/BA. Já as desvalorizações apareceram apenas nas praças de Sorriso/MT, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
A SAFRAS & Mercado aponta que o mercado brasileiro de milho registrou mais uma semana de preços em alta. De acordo com a SAFRAS Consultoria, as especulações em torno da falta de chuvas no Centro-Oeste e no Sudeste e as possíveis consequências desse quadro em uma oferta futura de milho contribuíram para sustentar os preços.
“O ritmo de negócios foi bastante travado durante a semana, não apenas por conta do feriado, mas pelo fato dos produtores estarem fixando muito poucas ofertas do cereal para venda nesse momento. Houve uma maior demanda na ponta compradora para atender as necessidades mais urgentes de consumo, o que também contribuiu para uma elevação nas cotações”, explica a SAFRAS.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também encerraram o pregão desta sexta-feira contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT) e, mesmo assim, acumularam ganhos ao longo da semana.
O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,67 com baixa de 7,75 pontos, o março/24 valeu US$ 4,85 com desvalorização de 8,00 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 4,96 com perda de 7,50 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,04 com queda de 7,00 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (16), de 1,48% para o dezembro/23, de 1,62% para o março/24, de 1,39% para o maio/24 e de 1,37% para o julho/24.
Já no acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram valorizações de 0,65% para o dezembro/23, de 1,25% para o março/24, de 1,64% para o maio/24 e de 1,41% para o julho/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (10).
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho caíram devido à contínua pressão da colheita e à falta de novas perspectivas de demanda.
“Uma recuperação anterior no mercado de milho esta semana ainda levou os preços a fecharem mais altos na semana, apesar das perdas desta sexta-feira”, destacou Jacqueline Holland, analista da Farm Futures.