O phD em agronomia e especialista em agricultura da América do Sul, Dr. Michael Cordonnier, revisou para baixo suas estimativas para a produção de soja e milho do Brasil nesta semana. Para ambas as culturas, o corte foi de dois milhões de toneladas, para 160 e 123 milhões de toneladas, respectivamente.
Segundo Cordonnier, suas revisões se dão, especialmente, pelas condições de temperaturas muito elevadas e falta de chuvas no Centro-Norte do Brasil, que já tem promovido uma considerável perda de potencial produtivo, além da necessidade de replantio, além das perdas que se acumulam em regiões onde chove demais, como é o caso do Paraná, segundo maior estado produtor de soja brasileiro.
Veja os vídeos:
O especialista apontou ainda que as atuais condições climáticas não só prejudicam a qualidade da safra, como também deverão promover atrasos consideráveis na colheita da soja e também no plantio da segunda safra brasielira de milho, a qual também deverá ter seu potencial produtivo comprometido em função de uma perda da janela ideal para a semeadura.
Apesar de ser uma das primeiras correções para menos na safra de soja do Brasil diante de tantos problemas que têm se acumulado nesta primeira fase do plantio. Além das regiões que sofrem com o tempo muito seco, outras sofrem com as chuvas excessivas que podem também causar problemas.
Assim, as expectativas que novos números de órgão como o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ou a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) possam indicar mudanças em suas estimativas, embora o atual cenário seja bastante desafiador para projeções. O USDA estima a produção brasileira de soja em 163 milhões e a Conab em 164 milhões de toneladas.
“Com as dificuldades climáticas no Sul, diferentes da dificuldades do Centro-Oeste, certamente teremos muito o que pesquisar em todas as regiões produtoras pra ter o menor erro possível. Assim, diria que o momento não é o mais ou adequado para palpites assertivos neste momento tão nebuloso da futura produção nacional”, explica o diretor da Novo Rumo e da Agrosoya, Mário Mariano.