A safra 2023/24 de trigo do Brasil tem sido bastante impactada pelo clima adverso, seja em seu desenvolvimento ou durante a colheita, o que gerou diversas perdas aos produtores relacionadas às doenças fúngicas, como é o caso do oídio e a ferrugem da folha. Esse cenário, inclusive, tende a impactar o próximo ciclo produtivo se não houver uma ação preventiva efetiva nas lavouras. Com isso, a atenção para as sementes passa a ser mais importante do que nunca nessa cultura, que tem aumentado as áreas de cultivo no país nos últimos anos.
“Tivemos um ‘boom’ de crescimento do trigo no Brasil, muito impulsionado por questões mercadológicas e estratégicas. Isso passou também por uma condição climática favorável nos últimos anos. E, o produtor, entendendo que o trigo no sistema torna tudo mais sustentável, passou a contar com variedades focadas em produtividade e qualidade industrial, o que é uma demanda interna. Há também cultivares mais resistentes ao manejo de doenças. Então, todo esse contexto, favoreceu o crescimento da área de trigo no Brasil e com grande destaque ao Rio Grande do Sul, onde tivemos aumentos de área semeada de até 20% de um ano para o outro, apesar da estabilidade nesse último ciclo”, afirma Paulo Kuhnem, Fitopatologista e Gerente de Produtos da Biotrigo Genética.
A safra 2023/24 de trigo é estimada em 8,14 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com uma queda de 22,8% ante o ciclo anterior, mas a área em todo o país tem previsão de salto de cerca de 12%, para 3,47 milhões de hectares. Juliano Irion Lisboa, do Desenvolvimento de Mercado da BASF, explica que o país chegou a registrar nos últimos anos produtividades de mais de 100 sacas por hectare, algo até então inimaginável. “A genética vem avançando em incremento de rendimento, mas as doenças também vêm ganhando muita importância, porque estamos falando de materiais e cultivares mais susceptíveis e de altos níveis de produtividade. Qualquer incidência e severidade inicial de doenças dentro dessas cultivares pode impactar em 10% a 15% de produtividade”, ressalta.
O especialista da BASF diz que, apesar do avanço da safra, os produtores têm enfrentado desafios, principalmente neste ano. “A área vem aumentando no país e sempre falamos que não existe uma receita pré-definida. A cada ano, a atenção é diferente e o produtor precisa estar atento principalmente às condições climáticas”, afirma Lisboa. Em meio ao fenômeno El Niño – que impacta o regime de chuvas e temperatura em todo o mundo –, esta safra foi marcada por casos de ocorrência de doenças fúngicas, o que acende o alerta para 2024.
“O que a gente está passando ou passou nesta safra estará totalmente relacionado com a safra que vem. Todo problema de mancha, brusone, giberela e outras doenças, vai acarretar um processo no próximo ciclo, porque esse fungo já está presente no solo e restos culturais. As coisas são interligadas dentro do trigo, assim como em outras culturas agrícolas. E esse ano foi bem complicado, bem desafiador para todas as regiões tritícolas”, complementa Marcelo Gripa Madalosso, pesquisador e consultor com trabalhos ligados ao cultivo de trigo no país.
Juliano Irion Lisboa, do Desenvolvimento de Mercado da BASF, foi entrevistado no 1º episódio da Websérie Sistiva® no Notícias Agrícolas. Assista ao episódio completo:
A ferrugem da folha é uma doença causada no trigo pelo fungo Puccinia triticina. Ela é uma das mais comuns na cultura, com ampla distribuição pelo Brasil. As plantas voluntárias são a principal fonte de inóculo, pois são onde o patógeno sobrevive parasitando durante o verão e o outono. Os sintomas surgem na superfície foliar, na forma de pústulas de coloração amarelo-escuro até o marrom, durante todas as fases de desenvolvimento das plantas. Quanto maior sua presença nas folhas, menor será a capacidade fotossintética do trigo, prejudicando o desenvolvimento e a produtividade da lavoura. Em casos de infecção severa, a perda de rendimento pode chegar a 65%, e é possível haver impactos na qualidade do grão, reduzindo seu valor comercial.
Já o oídio é causado pelo fungo Blumeria graminis. A doença está entre as mais importantes dos cereais cultivados no inverno. Ela pode causar grandes perdas em rendimento ao reduzir a área verde ativa das folhas, número de perfilhos por planta, grãos por espiga, o peso e a qualidade dos grãos. Os principais sintomas são manchas esbranquiçadas de aspecto cotonoso nas folhas e bainhas, referentes ao micélio do fungo. As lesões crescem, podendo coalescer, e deixam as folhas amareladas, comprometendo os tecidos ativos. Conforme envelhecem, ficam mais escuras, podendo causar a morte. Além de prejudicar a capacidade fotossintética das plantas, a doença pode reduzir em mais de 60% o rendimento de grãos, caso o clima esteja favorável e as plantas sejam suscetíveis.
O fitopatologista Paulo Kuhnem também destaca que, além do tensionamento do cenário de doenças na cultura do trigo, o produtor do cereal também tem sentido os impactos da suscetibilidade genética de determinados materiais e como manejá-los.
“No caso do oídio, há como manejo o uso de fungicidas no tratamento de sementes e aplicação em parte aérea. No caso da ferrugem, nós temos a questão da resistência genética atuando mais fortemente e uma sensibilidade do fungo às misturas envolvendo a estrobilurina, mas agora as carboxamidas favorecem um controle mais efetivo”, explica Kuhnem.
Importância do tratamento de sementes para uma lavoura mais saudável e rentável
É consenso entre os especialistas na cultura do trigo que os resultados satisfatórios de uma lavoura, com menores impactos dessas doenças fúngicas que têm preocupado os produtores do país, começa ainda na semente, pois gerarão melhores resultados em produtividade e qualidade, além de economia ante um manejo posterior de fungicida foliar, por exemplo. “O manejo de doenças começa na pré semeadura, no tratamento de sementes”, ressalta Lisboa.
“Com uma adequada assepsia de sementes, é possível plantar uma lavoura livre de patógeno, permitindo um excelente estabelecimento de plantas e da cultura no solo. O produtor ainda consegue ter um residual de controle na parte aérea, que vai “blindar” a planta contra os patógenos iniciais, sejam os biotróficos, que vem pelo ar, como a ferrugem e o oídio, e também auxiliar na diminuição da incidência e severidade dos patógenos necrotróficos, que a gente pode destacar o complexo de manchas foliares”, complementa Lisboa.
Carlos Pizolotto, pesquisador em Fitopatologia na Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCG), destaca que, apesar de todos os benefícios, o tratamento de sementes ainda precisa ser difundido no país. “Essa é uma prática que a gente precisa melhorar. O manejo de doenças como um todo na cultura do trigo, tomando como exemplo o que a gente já faz na soja, vai passar principalmente por um tratamento de semente assertivo, época de semeadura, e pela escolha da cultivar. Eu costumo sempre dizer que a primeira aplicação de fungicida é o tratamento de semente”.
Sistiva®: manejo de doenças na cultura do trigo começa pela semente da nova lavoura
Para atender aos produtores de trigo, a BASF acaba de lançar o Sistiva®, um novo fungicida desenvolvido para tratamento de sementes. Mais do que uma solução para o controle das doenças fúngicas, como o oídio e ferrugem da folha, a companhia apresenta nesta solução um novo conceito para a proteção de lavouras: a ação preventiva, que começa pelas sementes, mas com uma abrangência que ultrapassa o momento inicial de desenvolvimento do cultivo, resultando em maior rendimento e qualidade de grãos. O novo fungicida também contribui para a maior eficiência de outras soluções que complementam o controle de doenças nas demais fases.
“O Sistiva® possui fluxapiroxade – que age como inibidor da enzima SDH (succinato desidrogenase) –, a primeira carboxamida para tratamento de sementes. Ele é uma inovação do ponto de vista do manejo de doenças nessa fase inicial. O produtor acaba por vezes não utilizando o tratamento de sementes por não conhecer seu benefício, mas quando a gente observa o Sistiva® a campo, o primeiro ponto que é destaque é a presença de plântulas sadias, e o efeito fisiológico que promove no desenvolvimento inicial, além do estabelecimento de uma lavoura com uma população de plantas adequadas. Também facilita ao produtor o manejo de parte aérea, pelo residual de controle apresentado”, explica Felipe Michelon, do Desenvolvimento de Mercado da BASF.
Felipe Michelon, do Desenvolvimento de Mercado da BASF, foi entrevistado no 2º episódio da Websérie Sistiva® no Notícias Agrícolas. Assista ao episódio completo:
“A lavoura começa pela escolha de uma boa semente, de alta qualidade e sanidade, alto vigor e sua proteção. Então, o tratamento de semente tem o objetivo de proteger aquele insumo que o agricultor escolheu com muito cuidado, que é a semente, para proteger o seu potencial produtivo. E a BASF está trazendo mais uma inovação para o mercado, que é o Sistiva®, um fungicida no tratamento de sementes, onde a germinação e desenvolvimento estarão protegidos, principalmente quando a gente pensa em doenças como o oídio e a ferrugem”, ressalta Felipe Gutheil Ferreira, Coordenador de Marketing de Tratamento de Sementes da BASF.
Alguns resultados na safra 2023/24 já evidenciam a importância do tratamento de sementes (TS) no trigo. “O produtor que não trabalhou com o manejo inicial, seja TS e fungicida no perfilhamento, não teve os mesmos resultados de quem trabalhou. Os componentes de rendimento (planta por metro quadrado, espiga por metro quadrado, espiguetas por espiga, número de grãos por espigueta e peso de grão) são definidos nessa fase, momento em que o produtor muitas vezes ignora que vá ter relação com a colheita. Então, a ideia para a próxima safra, é que o produtor que está trabalhando com trigo sobre trigo, escolha um tratamento de semente bem-feito. A semente do ano que vem é a que gente está colhendo hoje”, explica Marcelo Gripa Madalosso, pesquisador e consultor.
“Estamos trazendo o Sistiva® para a cultura do trigo para ele ser um protagonista. Temos como exemplo o fungicida e inseticida Standak® Top, que já é um protagonista e produto líder de mercado na soja e no arroz. O inseticida Poncho®, protagonista líder de mercado na cultura do milho. A BASF, como uma empresa pioneira e inovadora, traz mais uma inovação para os produtores, agora com foco no tratamento de sementes em trigo”, finaliza Felipe Ferreira.
Felipe Gutheil Ferreira, Coordenador de Marketing de Tratamento de Sementes da BASF, foi entrevistado no 3º episódio da Websérie Sistiva® no Notícias Agrícolas. Assista ao episódio completo:
O quarto episódio da Websérie Sistiva®, da BASF, no Notícias Agrícolas, já está disponível e pode ser assistido aqui.
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