Os preços da soja continuam recuando na Bolsa de Chicago na tarde desta segunda-feira (23). As posições mais negociadas, por colta de 13h30 (horário de Brasília), perdiam entre 3,50 e 6,25 pontos, com o novembro vavalendo US$ 12,96 e o março, US$ 13,27 por bushel. O maio, referência importante para a safra brasileira, tinha US$ 13,40 por bushel. O mercado do grão acompanhava as baixas de mais de 1% do óleo e de mais de 0,5% no farelo, além de outros mercados, como o petróleo, que cedia mais de 2% no brent.
O clima na América do Sul vai se tornando o foco central do mercado neste momento. “Os modelos climáticos estão colocando melhores chuvas em suas previsões para o Brasil, Argentina e Paraguai”, afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. O último final de semana, todavia, ainda foi de tempo predominantemente seco em todo o Brasil, enquanto algumas regiões argentinas receberam algumas precipitações.
“Para o Brasil, as previsões mostram que, no Sul, deverão persistir as fortes chuvas, enquanto para as áreas centrais o tempo deve seguir mais seco, embora com índices melhores do que os presenciados durante os primeiros 20 dias de outubro. Já o MATOPIBA deverá permanecer com tempo seco para os próximos 10 dias”, complementa Sousa.
Ademais, ainda de acordo com o diretor da Labhoro, as atenções sobre a geopolítica e o mercado financeiro ainda não se dissolveram e permanecem no radar. “Há as cotações do mercado de energia, que recuaram conforme chegavam alimentos e água para a Faixa de Gaza”, explica o diretor da Labhoro.
Ainda entre os fundamentos, o mercado da soja recebeu números dos embarques semanais norte-americanos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) dentro das expectativas do mercado e também não serviram como combustível para as cotações.
E para mais tarde, os traders esperam pelo novo reporte semanal de acompanhamento de safras que vai atualizar o andamento da colheita norte-americana.