Milho da B3 salta 2,5% nesta segunda-feira com impulso internacional e do RS

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A segunda-feira (06) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 58,27 e R$ 64,47 após subirem até 2,5%. 

O vencimento maio/24 foi cotado à R$ 58,27 com alta de 1,91%, o julho/24 valeu R$ 59,26 com ganho de 1,82%, o setembro/24 foi negociado por R$ 61,57 com valorização de 2,55% e o novembro/24 teve valor de R$ 64,47 com elevação de 2,17%. 

O Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, explicou que as altas de hoje no mercado do milho vieram com influência das enchentes no Rio Grande do Sul, que afetaram áreas onde o cereal entra após o fumo, e do cenário internacional com dificuldades no plantio dos Estados Unidos e problemas nas safras da China, Rússia e Ucrânia. 

“Eu acredito que no segundo semestre o milho vai mostrar a sua cara. A safra brasileira vai ser muito menor do que a do ano passado, mas a demanda brasileira e mundial vai ser bem maior. Então o mercado tem folego positivo para frente sim”, afirma Brandalizze. 

No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho também subiu neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações nas praças de Castro/PR, Sorriso/MT, São Gabriel do Oeste/MS e Campinas/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, em abril, o Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa (referência região de Campinas – SP) caiu 5,9% em relação ao mês anterior. Na comparação anual, a queda é de 13,6%, em termos reais (calculado por meio do IGP-DI de março/24).  

“Produtores seguem voltados ao desenvolvimento da segunda safra e à colheita da safra verão, postergando a comercialização do cereal. Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea apontam que os estoques remanescentes de 2022/23, a colheita da safra verão em bom ritmo e as lavouras de segunda safra desenvolvendo sem grandes problemas têm levado compradores a limitarem as aquisições apenas para o curto prazo”, dizem os pesquisadores do Cepea.  

Ainda conforme levantamentos do Cepea, a colheita da safra verão no Rio Grande do Sul foi paralisada nos últimos dias devido ao excesso de chuvas e aos alagamentos em diversas regiões do estado. No sul de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, o baixo volume de chuvas e as altas temperaturas começam a deixar agentes apreensivos.  

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro também finalizaram o pregão desta segunda-feira acumulando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT). 

O vencimento maio/24 foi cotado à US$ 4,57 com valorização de 10,00 pontos, o julho/24 valeu US$ 4,69 com alta de 8,75 pontos, o setembro/24 foi negociado por US$ 4,76 com elevação de 7,50 pontos e o dezembro/24 teve valor de US$ 4,88 com ganho de 5,75 pontos. 

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (03), de 2,24% para o maio/24, de 1,90% para o julho/24, de 1,60% para o setembro/24 e de 1,19% para o dezembro/24. 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho subiram após uma ampla rodada de compras técnicas na segunda-feira, em grande parte estimulados pelas inundações em curso no Brasil e outra semana chuvosa provável nos Estados Unidos.   

A consultoria Agrinvest acrescentou ainda que as greves na Argentina, que fazem a demanda por milho migrar para os EUA e Brasil, e as altas da soja também atuaram para alavancar os preços do milho nesta segunda-feira.

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