SÃO PAULO (Reuters) – A condição das lavouras de soja do Paraná na safra 2024/25 apresentou uma queda em relação à avaliação da semana anterior, após uma estiagem afetar lavouras no noroeste do Estado, um dos maiores produtores da oleaginosa no Brasil, apontou nesta terça-feira o Departamento de Economia Rural (Deral).
Agora 92% da área de soja do Paraná está classificada como “boa”, versus 99% com essa condição até a semana passada, depois de uma condição seca em partes do oeste e noroeste recentemente. O Estado vinha apresentando de maneira geral um bom desenvolvimento, após chuvas que aceleraram o plantio, que agora está perto de ser finalizado.
O Estado tem ainda 8% das áreas em “média” condição, versus 1% na semana anterior.
Agricultores paranaenses, contudo, esperam a volta das chuvas nos próximos dias, conforme as projeções climáticas, o que deverá trazer alívio para as áreas com o solo mais seco.
“De maneira geral, (a falta de chuva no oeste) é um alerta, porém ainda não visualiza comprometimentos significativos das lavouras. O retorno das chuvas previsto deve trazer a normalidade novamente para a safra”, disse o especialista em soja do Deral, Edmar Gervásio.
Ele lembrou que as temperaturas elevadas nos últimos dias trouxeram um agravante, podendo resultar em menor produtividade em algumas áreas.
A safra de soja 2024/25 do Paraná, um dos três principais Estados produtores da oleaginosa do Brasil, está estimada em recorde de 22,4 milhões de toneladas, segundo o Deral, que divulga nova estimativa mensal na próxima quinta-feira.
O Deral informou ainda que 99% da área prevista para a soja no Estado já está semeada. O Estado já registra 11% das lavouras em frutificação, 27% em floração, 59% em desenvolvimento vegetativo e 3% em germinação.
(Por Roberto Samora)