O complexo soja vem acelerando as baixas na Bolsa de Chicago na tarde desta sexta-feira (4), com o movimento mais uma vez sendo liderado pelo óleo. Perto de 13h (horário de Brasília), os futuros do derivado perdiam mais de 3%, com a primeira posição sendo cotada a 45,47 cents de dólar por libra-peso. Na soja em grão, as baixas também já passavam de 3%, com o maio sendo cotado a US$ 9,80 e o agosto a US$ 9,94 por bushel.
O mercado segue reagindo à escalada da guerra comercial. A resposta da China às tarifas de Donald Trump pesou severamente sobre os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, com os traders já precificando um momento de demanda bem menor pelos produtos norte-americanos a partir de 10 de abril, quando começam a valer as taxas chinesas de 34% sobre produtos americanos.
A despencada que também se intensifica entre os preços do petróleo é mais um fator de pressão, em especial sobre os futuros do óleo. Na tarde desta sexta-feira, as perdas passavam de 7,5% – tanto no brent, quanto no WTI -, também como reação às tarifas que foram aplicadas pelos EUA e contra-atacadas por China e Canadá, por enquanto.
Contribuindo ainda mais para a pressão da soja na Bolsa de Chicago está a disparada do dólar frente ao real. A moeda americana sobe mais de 3%, sendo cotada a R$ 5,81, tornando o produto brasileiro ainda mais competitivo frente ao norte-americano.