As negociações de farelo de soja foram intensificadas no mercado spot nacional na primeira metade de março, sobretudo no Centro-Oeste do Brasil. Uma parcela dos consumidores, que estava no aguardo do avanço da colheita de soja, se mostrou mais interessada em abastecer seus estoques.
Com isso, houve forte oscilação de preços dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea. Na média das praças, prevaleceram as baixas, com os valores do farelo de soja cedendo 1,1% comparando-se a parcial de março com fevereiro.
Em relação a março de 2024, a queda é de 10,7%, em termos reais (IGP-DI de fevereiro de 2025). A pressão está atrelada às projeções de maior oferta global do derivado – o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) prevê volume recorde de 276,89 milhões de toneladas, podendo resultar em excedente também recorde, de 17,35 milhões de toneladas.
Por outro lado, a queda foi limitada por estimativas de aumento nas transações globais de farelo de soja, de 2,1%, frente ao relatório anterior, para 77,92 milhões de toneladas, e no consumo mundial, de 0,6%, a 270,4 milhões de toneladas. As importações da União Europeia foram revisadas para 16,6 milhões de toneladas, 6% acima das projetadas anteriormente.
