Os futuros da soja seguem recuando na Bolsa de Chicago nesta tarde de quinta-feira (3), porém, diminuindo o ritmo das perdas depois da despencada observada mais cedo. Perto de 12h10 (horário de Brasília), as cotações caiam entre 11,25 e 14 pontos nos principais vencimentos, com o maio valendo US$ 10,18 e o agosto, US$ 10,30 por bushel.
O mercado segue pressionado pela tensão que domina o mercado hoje após o anúncio do tarifaço de Donald Trump ontem com as chamadas “tarifas recíprocas”, promovendo uma imediata e generalizada baixa não só nas commodities, mas nos ativos de toda a natureza nas sessões de hoje. Quem ainda lidera as baixas entre as agrícolas é o algodão, que despenca mais de 4% na Bolsa de Nova York.
Outro mercado que promove uma reação em cadeia entre as commodities – agrícolas ou não – é a baixa muito intensa do petróleo. Os futuros do brent e do WTI desabam com um recuo de mais de 7% entre os contratos mais negociados, pressionando assim os futuros do óleo de soja, que caem mais de 3% na Bolsa de Chicago.
“A soja é puxada para baixo na carona, mas o mercado também repercute o temor de que China e União Europeia adotem medidas retaliatórias contra os EUA”, informou a Agrinvest Commodites. “Nem um dólar mais fraco alivia as perdas para os futuros, com um ambiente de cautela predominando no mercado. A possível recessão dos EUA e o comportamento da demanda internacional serão decisivos nos próximos dias”.