O mercado brasileiro de algodão teve uma semana de pouca liquidez, reflexo da postura cautelosa dos agentes. Compradores seguem retraídos, ajustando suas bases para baixo, enquanto vendedores limitam a oferta, aguardando condições mais favoráveis de comercialização. O cenário atual é marcado por incertezas quanto à demanda e pela influência dos preços internacionais e do câmbio, fatores que seguem impactando a formação dos preços no mercado doméstico, informou a Safras Consultoria.
Na quinta-feira (11), a cotação do algodão posto CIF São Paulo recuou 0,53% em relação ao dia anterior (10), sendo negociada a R$ 3,74 por libra-peso. Já na quinta passada, dia 04, o algodão era cotado a R$ 3,88 por libra-peso, representando queda de 3,61%.
Em Rondonópolis, no Mato Grosso, a pluma foi comercializada a R$ 116,83 por arroba, o equivalente a R$ 3,53 por libra-peso e na comparação com a semana passada, quando trocava de mãos a R$ 123,06 por arroba caiu R$ 6,23/arroba.
Conab
A safra brasileira de algodão em pluma na temporada 2024/25 está estimada em 4,061 milhões de toneladas, ante as 3,701 milhões de toneladas indicadas na safra 2023/24. Os números fazem parte do 12o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2024/25, divulgado hoje.
A produtividade das lavouras está estimada em 1.947 quilos de algodão em pluma por hectare, ante 1.904 quilos por hectare na temporada 2023/24. A área plantada com algodão na temporada 2024/25 está estimada em 2,086 milhões de hectares, elevação de 7,3% na comparação com os 1,944 milhão de hectares da safra passada.
O Mato Grosso, principal Estado produtor, deverá colher uma safra de algodão em pluma de 2,872 milhões de toneladas, número que representa um avanço de 8,3% ante 2023/24, quando foram produzidas 2,651,9 milhões de toneladas.
A Bahia, segundo maior produtor de algodão, deve colher 804,7 mil toneladas de algodão em pluma, elevação de 13,6% sobre 2023/24 (708,3 mil toneladas). Goiás deverá ter uma safra 2024/25 de 55,2 mil toneladas, um recuo de 8,6% sobre 2023/24 (60,4 mil toneladas).