O mercado do açúcar iniciou a semana em leve alta nesta segunda-feira (15). Em Nova Iorque, o contrato outubro/25 subiu 0,32%, cotado a 15,84 cents de dólar por libra-peso, enquanto o março/26 avançou 0,24%, para 16,56 cents. Já em Londres, o contrato outubro/25 do açúcar branco foi negociado a US$ 486,00 por tonelada, alta de 0,16%.
Segundo analistas, os preços tendem a ficar acomodados nos próximos dias, já que o contrato de outubro está em seus momentos finais e o mercado passa a concentrar atenção no março/26, que pode inclusive modificar as estratégias das usinas brasileiras no processo de fixação de preços da próxima safra.
Essas vendas devem enfrentar maior competição no mercado internacional, especialmente com as safras da Tailândia e da Índia, favorecidas pelo clima positivo. A Índia, em particular, estuda ampliar sua participação nas exportações e pode colocar entre 1 e 2 milhões de toneladas no mercado, a depender da estratégia de descarbonização do país, que prevê elevar para 20% a mistura de etanol na gasolina.
Nos portos brasileiros, o movimento segue intenso. Levantamento da agência marítima Williams Brasil mostra que 83 navios aguardavam para embarcar açúcar na semana encerrada em 10 de setembro, contra 87 na semana anterior. Os carregamentos somam 3,183 milhões de toneladas.
Apesar disso, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam retração nas exportações em setembro. Até o dia 10, o Brasil embarcou 769.037 toneladas, gerando receita de US$ 325,4 milhões, a um preço médio de US$ 423,20 por tonelada. A média diária foi de US$ 65,08 milhões, queda de 23,4% em relação a setembro de 2024. Em volume, a redução foi de 16,7%, com 153,8 mil toneladas exportadas por dia, contra 184,7 mil toneladas no mesmo período do ano anterior. O preço médio também recuou 7,9%, ante os US$ 459,70 por tonelada registrados em setembro de 2024.