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As exportações brasileiras de milho avançam no mês de outubro com resultados abaixo dos registrados no mesmo período do ano passado. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou 5.146.819,3 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) até aqui no mês, o que já corresponde a 80,35% do volume total exportado em outubro de 2024, que foi de 6.404.878,7 toneladas.
A média diária de embarques nestes 18 primeiros dias úteis do mês está em 285.934,4 toneladas, um recuo de 1,8% frente às 219.130,8 toneladas por dia útil registradas no ano passado.
Na visão de Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, os embarques não são maiores devido aos preços atuais do mercado e da concorrência por outros demandantes, como o mercado interno.
“A gente fala hoje na exportação, em negócios de outubro para pagamento em novembro de R$ 66,50 e entrega em novembro para pagamento em dezembro a R$ 67,00. Não é o preço que atende ao produtor, então os níveis de negócios são pequenos”, afirma Rafael.
Ainda assim, o analista acredita que as exportações de milho do Brasil devem chegar a 38 ou 40 milhões de toneladas ao final do ano.
“A gente ainda vê uma exportação que esse mês de outubro deve sinalizar alguma coisa ao redor de 6 milhões de toneladas. Nós temos um line-up de mais 5 milhões de toneladas. Então, as exportações caminham dentro de uma variação esperada pelo mercado, que talvez a gente chegue entre 38 e 40 milhões de toneladas de exportação do ano”, diz Rafael.
No faturamento, o Brasil arrecadou US$ 1,084 bilhão no acumulado até aqui do mês, contra US$ 1,275 bilhão em todo o mês de outubro de 2024. A média diária de receita subiu 3,9%, saindo de US$ 57,996 milhões para US$ 60,239 milhões por dia útil.
Já o preço médio pago por tonelada cresceu 5,8% no período, indo de US$ 199,10 em outubro de 2024 para US$ 210,70 no décimo mês de 2025.