![]()
Depois das baixas registradas ao longo do pregão desta quarta-feira (29), os futuros da soja passaram a operar com estabilidade na Bolsa de Chicago na tarde de hoje. Por volta de 13h30 (horário de Brasília), as cotações recuavam de 0,25 a 0,50 ponto nos principais vencimentos, levando o janeiro a US$ 10,94 e o maio a US$ 11,17 por bushel.
O mercado passa por uma correção técnica depois de duas sessões consecutivas de altas fortes e ganhos acumulados de mais de 3% na CBOT. Ainda assim, porém, os traders seguem focados nas relações entre China e Estados Unidos, em especial depois da notícia da compra de 180 mil toneladas de soja norte-americana pela nação asiática pela estatal Cofco, para o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping.
Os dois chefes de estado se encontram na quinta-feira (30), em uma cúpula na Coreia do Sul, e há a possibilidade de que anunciem um novo acordo entre os países, o qual poderia, inclusive, trazer mais especificações para a soja. Até lá, segue a cautela misturada com o otimismo, como tem sido observado desde o começo da semana.
Além disso, como explicam os analistas da Agrinvest Commodities, a soja mais barata do Brasil depois do rally em Chicago também acaba trazendo alguma pressão às cotações. “Os basis nos EUA não estão fazendo seu trabalho de chamar mais demanda. A soja americana ficou bem mais cara, reduzindo toda a diferença em relação ao Brasil, considerando a soja da safra velha”, afirmam. “O mercado vai ficar no aguardo do acordo e de seus detalhes, caso aconteça”.