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Índia precisa dobrar exportações de açúcar para lidar com excedente por menor produção de etanol

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Por Mayank Bhardwaj e Rajendra Jadhav

NOVA DÉLHI/MUMBAI (Reuters) – A Índia precisa dobrar sua alocação de exportação de açúcar para 2 milhões de toneladas na nova temporada, uma vez que a menor destinação de açúcar para a produção de etanol deverá elevar o excedente doméstico, disseram autoridades do setor nesta quinta-feira.

O aumento das exportações do segundo maior produtor mundial de açúcar pode pressionar os futuros de referência de Nova York e Londres, que estão oscilando perto das mínimas de cinco anos.

A Índia foi o segundo maior exportador de açúcar do mundo nos cinco anos até 2022/23, com embarques médios de 6,8 milhões de toneladas por ano. Mas uma seca levou o governo a proibir as exportações de açúcar em 2023/24, permitindo apenas 1 milhão de toneladas no ano passado.

“Se estivermos falando sobre os prováveis volumes de exportação para esta temporada, estamos prevendo a saída de até 2 milhões de toneladas de açúcar do país”, disse à Reuters Deepak Ballani, diretor geral da Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia (ISMA).

A produção líquida de açúcar da Índia para a temporada 2025/26, que começou em 1º de outubro, é estimada em 30,95 milhões de toneladas após a destinação de cerca de 3,4 milhões de toneladas para a produção de etanol, um aumento de 18,5% em relação ao ano passado, de acordo com a ISMA.

O órgão do setor esperava anteriormente um desvio de 4,5 a 5 milhões de toneladas de açúcar para o etanol este ano, mas apenas 28% da alocação total para o biocombustível foi para o etanol à base de açúcar, e o restante foi alocado para usinas de etanol à base de matérias-primas.

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O setor pediu ao governo que permita que as usinas iniciem as exportações de açúcar mais cedo, para que possam produzir açúcar bruto no início da temporada para embarques para o exterior, disse Prakash Naiknavare, diretor administrativo da Federação Nacional das Usinas Cooperativas de Açúcar (NFCSF).

A Índia terá uma janela curta de quase três meses para exportar antes que os suprimentos brasileiros da nova temporada comecem a pesar sobre os preços globais.

(Reportagem de Mayank Bhardwaj e Rajendra Jadhav)

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